Do Outro Lado do Cancro, à conversa com Joana Cruz da RFM.
- Cláudio Andrade
- 21 de ago. de 2021
- 3 min de leitura
Chamo-me Cláudio Andrade e esta é a minha rúbrica em que se vai falar em vários temas.
Esta semana vamos falar de CANCRO. Não existe ninguém melhor do que quem conhece muito bem esta realidade, para ter esta conversa comigo.
Por isso, convidei a locutora da rádio RFM, Joana Cruz. A quem desde já agradeço ter aceite o convite.
O Cancro
A palavra cancro usa–se para denominar um grupo numeroso de doenças que tem em comum o desenvolvimento de células anormais. Por causas muito diferentes, estas células começam a multiplicar-se e a crescer sem controlo, algo que normalmente não acontece num organismo, onde a maioria das células está programada para viver um período determinado e se divide de forma controlada.
As patologias que formam o grupo de males a que denominamos “cancro” são mais de 100. Apesar de serem em elevado número, todas elas têm algo em comum: a maneira como a doença começa.
A Conversa com Joana Cruz
Cláudio: Quem é a Joana Cruz?
Joana: Sou realizada no trabalho que faço desde sempre, com a felicidade e alegria de quem sabe que tem muita sorte e confiante de que ainda há caminhos por desbravar.
Cláudio: O que significa a rádio para si? E o que lhe dá a rádio?
Joana: A rádio é metade da minha vida. Quando não estou em modo lazer, estou a fazer aquilo de que mais gosto. A proximidade invisível com as pessoas, aquilo que imagino que lhes dou na rádio e que elas me dão de volta é muito bom. As redes sociais vieram ajudar muito a saber deste feedback.
Cláudio: Alguma vez pensou fazer tv? É algo que ambiciona?
Joana: Fiz televisão a par da rádio muitos anos passando pela SIC, TVI E CANAL Q. Gostaria de voltar.
Cláudio: Que sintomas lhe fez desconfiar que algo não estava bem?
Joana: Sentir através da palpação um altinho na mama. Obrigatório realizar rapidamente mamografia e ecografia mamária, já que são exames complementares.
Cláudio: Como recebe a notícia do cancro?
Joana: Através de uma biópsia. E como costumo dizer: não têm todas que ter este resultado. Muitas vezes fazem – se por despiste de dúvidas. E quando soube que se confirmava o diagnóstico o pensamento foi: VAMOS LÁ TRATAR DISTO.
Cláudio: A quem contou primeiro a notícia que tinha cancro?
Joana: À minha mãe.
Cláudio: Tem-se sentido apoiada? (familia, amigos, etc)
Joana: Muito. Amigos família e desconhecidos. Infelizmente há muita gente que já passou ou passa pelo mesmo.
Cláudio: Nesta fase desiludiu – se com alguém que não estava à espera?
Joana: Há sempre uma ou duas pessoas que pensaríamos que pudessem estar mais presentes, mas as pessoas têm as vidas delas e certamente que torcem na mesma pelo melhor.
Cláudio: Como viveu toda esta situação pandémica que o país atravessa?
Joana: Com tranquilidade e recolhimento necessário.
Cláudio: Como tem sido todo este processo do cancro?
Joana: Felizmente muito tranquilo, sem sintomas dos mais chatos e sempre entusiasmada com o processo de tratamento.
Cláudio: A nível médico faltou alguma coisa?
Joana: Nada
Cláudio: Que mensagem deixa a quem está a passar pelo mesmo?
Joana: Força e ânimo
Cláudio: Como tem sido a fase de tratamentos?
Joana: Ótima. Passo bem e mesmo com a pausa que tive de algumas semanas por não ter níveis suficientes para poder receber os tratamentos, tudo correu bem.
Cláudio: Onde vai buscar toda a força para vencer o cancro?
Joana: A mim. Começa sempre em nós.
Cláudio: Que cuidados e alertas as pessoas têm que ter?
Joana: Estarmos atentos aos sinais do corpo, não adiar exames regulares, porque há coisas silenciosas e ir vivendo o melhor que pudermos a nossa vida.
Foi assim, a minha conversa com a grande Joana Cruz. Obrigado Joana.
No dia 19 de Agosto, recebemos a notícias de que a Joana estava curada. O DONC deseja o maior sucesso e saúde à Joana.
Continue desse lado, porque eu vou continuar 'Do Outro Lado' para lhe trazer novas perspetivas de vidas e batalhas muitas vezes desconhecidas.
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