Leonor Poeiras arrasa a TVI: "Só descobri onde estava ao fim de 17 anos"
- Diogo Miguel
- 31 de mai. de 2021
- 2 min de leitura
Leonor Poeiras, antiga estrela da TVI e apresentadora de televisão, deixou um comentário no Instagram da atriz, dramaturga e encenadora Sara Barros Leitão.
Num texto o mundo do trabalho, de onde se falou de conceitos como “direitos laborais“, “proteção social“, “recibos verdes” ou “contrato de trabalho“, Leonor Poeiras decidiu partilhar um desabafo acerca do seu afastamento da televisão.
“Muito importante esclarecer isto! Eu só descobri onde estava metida no ano passado e ao fim de 17 anos de trabalho…“, atirou.
Leia de seguida o texto que motivou a esta reação da antiga apresentadora:
“Na semana passada, uma pessoa que trabalha no audiovisual contava-me que tinha sido contratada para um trabalho em televisão. Fiquei surpreendida e contente e perguntei: «então tens um contrato de trabalho?».
Ela respondeu de imediato, achando que me estava a tranquilizar: «Não! Foi uma maneira de dizer. Estou a recibos verdes, não te preocupes. Ainda sou muito nova, não me imagino a trabalhar fechada num escritório. Quero continuar como freelancer porque gosto mesmo é de trabalhar no terreno».
Expliquei-lhe que um contrato de trabalho não significava trabalhar a partir de um escritório, que ser freelancer não tinha nada a ver com ter mais liberdade no trabalho, e expliquei que o trabalho que estava ali a desenvolver era um falso recibo verde, pois tudo no seu trabalho era a presunção de um contrato.
Entretanto, cheguei a casa e tinha no correio o novo número da revista Gerador. Escrevo crónicas para o Gerador há mais de um ano e meio. Contudo, ao escrever a crónica que agora é publicada, iniciei um novo ciclo de textos sobre trabalho na cultura.
Tenho conversado com centenas de profissionais, das mais variadas áreas, durante o último ano. Apercebi-me que a grande maioria das pessoas não faz ideia dos seus direitos laborais, nem sabe o que significa proteção social. Confundem-se termos como intermitência, independência, recibos-verdes, contratos de trabalho, contratos de prestação de serviços, trabalhador por conta de outrem, etc.
Não sei de quantas crónicas de 6 mil caracteres irei precisar para falar de tudo isto, para tentar explicar e desmistificar todos estes temas de forma simples e concreta. Chamei ao primeiro texto deste ciclo: «O trabalho na cultura é trabalho», e é esta a grande novidade que começo por vos dar.
Não é por gostarem muito do que fazem que o trabalho deixa de ser trabalho, nem é por trabalharem na cultura que não têm direitos e deveres. Se se interessam por estes temas, se gostavam de compreender melhor todos estes assuntos, sugiro que acompanhem as cenas dos próximos capítulos. Darei o meu melhor para vos esclarecer e informar.“


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