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REVOLTA! Canais de televisão estão a ser arrasados: "Sem qualquer pudor, respeito"

Christian Eriksen, o médio dinamarquês perdeu os sentidos, caiu no relvado durante o jogo entre Dinamarca e Finlândia, que imediatamente interrompido. As imagens dos momentos de aflição foram transmitidas no Mundo inteiro e repetidas por largas horas nos mais variados canais de televisão.


Recorrendo às redes sociais, foram várias as figuras públicas que demonstram indignação pela repetição infinita do jogador caído no relvado e da família preocupada.


Enquanto a esmagadora maioria dos média continua a repetir ad nauseam os segundos de um homem a desfalecer, lavemos as vistas com este frame. Um grupo de campeões mortificados protege a fragilidade dum irmão.“, escreveu Luís Filipe Borges.


O humorista Diogo Faro também mostrou a sua revolta, especialmente a CMTV e o Record.


Os vários canais de televisão fizeram questão de passar – reitero – consecutivamente o momento em que o Eriksen cai inanimado no chão, assim como as imagens da sua mulher num pranto, desconsolada, num sofrimento cuja dimensão eu estou longíssimo de imaginar. O Correio da Manhã e o Record publicaram logo uma galeria de fotografias tanto dela como da irmã de Eriksen. Audiências, cliques e o dinheiro a entrar.


Capitaliza-se a tragédia porque a ganância se sobrepõe, sem qualquer pudor, a qualquer decência, respeito ou resto de empatia pelo próximo. Devia envergonhar-nos enquanto humanidade que tenhamos chegado aqui, e nada representou tão bem o declínio desta sociedade do espectáculo, que não se furta a absolutamente oportunidade nenhuma de lucrar com a tragédia humana, que terem sido os amigos e colegas do Eriksen a formar uma barreira em volta deste para que a sua privacidade fosse preservada.


Que não esqueçamos quem toma estas decisões, quem põe sempre o dinheiro acima da condição humana. Mas mais que isso, que recordemos quem deve ser recordado. Além dos jogadores da Dinamarca, os adeptos finlandeses e dinamarqueses que se uniram a cantar pelo Eriksen, e os jogadores da Finlândia que aplaudiram a reentrada em campo dos colegas de profissão (muito mais do que adversários) aquando do reatamento do jogo.


Perante o choque da fragilidade da vida e na inevitabilidade da morte que se nos assola num momento destes, e mesmo perante a desfaçatez de quem respira ganância, é o amor uns pelos outros que nos reconforta e apazigua a incerteza da existência.”, escreveu.


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